terça-feira, 28 de janeiro de 2014


Grandes quantidades de água do mar podem ser transportadas através de falhas no mar profundo em um volume muito maior do que se acreditava antes, de acordo com um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, que se baseou na zona de subducção que levou ao terremoto de 2011, no Japão.

A pesquisa apoia a teoria de que poderia haver grandes quantidades de água enterradas sob o manto da Terra.
Entender o quanto de água do oceano é entregue ao manto (a camada localizada imediatamente abaixo à crosta terrestre)  é importante porque ajuda a solidificar as teorias sobre as origens das placas tectónicas e como a crosta continental foi formada.

A água é levada para o manto através de profundas falhas no mar que geralmente se localizam em áreas de encontro de placas tectónicas. 
Os maiores terremotos ocorrem ao longo de zonas de subducção, como o terremoto de 2011 no Japão, que registou 9,0 graus na escala Richter e provocou um tsunami devastador.
O novo modelo feito pelos sismólogos sugere que a zona de subsecção do Japão pode transportar tanto quanto três vezes e meia a água contida em todos os oceanos da Terra para o manto. Parte desta água retorna, mas parte dela fica presa no manto.

“Descobrimos que zonas de falhas que se formam na trincheira oceânica do norte do Japão persistem a profundidades de até 150 quilómetros”, disse Tom Garth, da Universidade de Liverpool.
“Essas zonas de falhas podem transportar grandes quantidades de água, o que sugere que as zonas de subducção carregam muito mais água do oceano até o manto do que já foi sugerido anteriormente”, disse Garth. “Isso apoia a teoria de que existem grandes quantidades de água armazenadas nas profundezas da Terra.”

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