Rosetta é a nave caçadora de cometas da Agência Espacial Europeia (ESA), que está a despertar de dois anos e meio de hibernação no espaço profundo – questão de poupança de energia.
O acontecimento é celebrado no Centro de Operações da agência, em Darmstadt, Alemanha.
Foram investidos mil milhões de euros, mais de 30% do orçamento anual da agência até agora, para colocar a Rosetta na rampa de lançamento para o seu destino: o cometa Churyumov – Gerasimenko. Uma operação delicada, como explica o responsável pela operação Andera Accomazzo:
“ O sinal é apenas um sinal sonoro. Um único sinal sonoro. Se ouvirmos isso, significa agrupamento: a nave fez o seu trabalho até a um determinado ponto e cabe-nos a nós fazer o resto.
Temos uma pequenina janela de tempo para apanhar este sinal e para comandar a nave espacial até à próxima configuração e este é o desafio da saída da hibernação.”
Desde o lançamento da nave Rosetta, a 2 de Março de 2004, no Porto Espacial Europeu em Kourou, a nave viajou até 800 milhões de quilómetros do Sol, próximo da órbita de Júpiter, tendo passado pela Terra três vezes, uma por Marte, e perto de dois asteróides.
Mas a missão é Churyumov – Gerasimenko, descoberto em 1969.
Esta é a primeira vez que uma sonda irá estudar de tão perto um cometa (enquanto este se desloca no interior do sistema solar), para compreender a origem e evolução do sistema solar, um desses pequenos corpos feitos de gelo e de poeira que terão desempenhado um papel na aparecimento de água, ou mesmo da vida na Terra
Matthew Taylor, cientista do projecto Rosetta missão da ESA:
“- O principal é que, pela primeira vez, temos encontro marcado com um cometa, algo jamais conseguido. Vamos acompanhá-lo, a partir do momento que o encontrarmos, até ao mais próximo possível do Sol e depois ele regressa e, como uma espécie de cereja em cima do bolo, para implantar um módulo científico no no próprio cometa. “
Passado um período de observação de vários meses, a Rosetta vai enviar para o Churymov, Philae, uma pequena sonda com 100 kg de tecnologia, que vai pousar na superfície para analisar a composição do solo.
Novamente, uma missão delicada e sem precedentes.
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Fonte: EuroNews
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